#95 | A hora certa das coisas
Porque por mais que muitas vezes a gente não saiba como chegar na linha de chegada, uma coisa precisamos concordar, é durante a jornada que vivemos as melhores histórias.
Ouvi essa música enquanto escrevi a edição de hoje, espero que dê alguma forma, minhas palavras façam sentido pra você.
Saí da casa dos meus pais em maio de 2020, eu tinha quase 24 anos, iria completar dali um mês, em junho.
Eu não tinha me planejado financeiramente para que isso acontecesse, também gostava de morar com a minha família, mas algo dentro de mim clamava por ter o meu próprio lugar.
Conversei com o meu namorado que iria sair da casa dos meus pais naquele ano, então comecei a minha busca por um espaço para chamar de casa.
Não foi fácil por vários motivos, mas além do financeiro, estávamos enfrentando uma pandemia - isso de certa forma fez com o que os lugares diminuíssem o preço dos aluguéis, mas no quesito emocional, o mundo todo estava abalado.
À princípio eu ia me mudar sozinha, mas eu e meu namorado entendemos juntos que esse momento seria importante para nós dois - e detalhe, tínhamos apenas um sonho, o dinheiro do primeiro aluguel e os móveis da casa dos nossos pais.
E assim aconteceu, talvez não do jeito ‘certo’, mas da forma que podíamos naquele momento.
Desde lá, nos mudamos 2 vezes, uma para um apartamento maior na mesma cidade, e outra para São Paulo. Loucura? Depende do ponto de vista.
Agir por impulso (pode entrar, ansiedade), sonhar acordada e seguir minha intuição, são coisas que sempre estiveram presente nas minhas decisões. E muito por conta delas, dei os passos mais importantes da minha vida - sim, com as pernas tremendo, com a coragem e o medo de mãos dadas, mas fui mesmo assim.
“a gente só descobre o que poderia ter sido se realmente abraça a coragem e vai com medo mesmo”
Olhar para trás e recordar de como o início foi difícil, de como eu tive que ser iniciante em um monte de coisas que não estava no meu manual de jovem adulta, me traz esperança para um futuro que eu ainda desconheço.
Porque por mais que muitas vezes a gente não saiba como chegar na linha de chegada, uma coisa precisamos concordar, é durante a jornada que vivemos as melhores histórias.
Eu sei que muitas vezes parece que não vai dar certo (recado para mim mesma), mas lembrar que já passei por coisas piores, e mesmo aos trancos e barrancos, sigo aqui, às vezes mais otimista, às vezes menos, mas ainda, aqui.
Aos 23 tinha o sonho de sair da casa dos meus pais para conquistar minha independência, aos quase 29, estou exatamente onde sonhei em morar um dia.
Deixando meu álbum de memórias cheio de lembranças especiais, vivendo sonhos que já estiveram distantes, lidando com um monte de coisas não tão legais e seguindo em frente.
No ano passado, fiz um pacto comigo mesma - não se acostumar com coisas que já foram um sonho - deu e vem dando certo, pode-se dizer que virou até um dos meus mantras.
E para esse ano, além desse, quero incluir: viva no presente, a sua versão do futuro vai saber o que fazer - confesso que para alguém que o normal é ser ansiosa, esse exercício será mais complicado de incluir na minha rotina, mas estou me esforçando ao máximo.
E por falar na hora certa das coisas, quero compartilhar com você esse trecho abaixo, que inclusive já compartilhei em outra edição da newsletter, mas adoro como ele faz sentido dependendo do momento que você está lendo ele:
"O senhor é tão jovem, tem diante de si todo começo, e eu gostaria de lhe pedir, da melhor maneira que posso, meu caro, para ter paciência em relação a tudo que não está resolvido em seu coração. Peço-lhe que tente ter amor pelas próprias perguntas, como quartos fechados e como livros escritos em uma língua estrangeira. Não investigue agora as respostas que não lhe podem ser dadas, porque não poderia vivê-las. E é disto que se trata: de viver tudo. Viva agora as perguntas. Talvez passe, gradativamente, em um belo dia, sem perceber, a viver as respostas. Talvez o senhor já traga consigo a possibilidade de construir e formar, como um modo de viver especialmente afortunado e puro; eduque-se para isso, mas aceite com grande confiança o que vier." - Rainer Maria Rilke
Enquanto colho respostas para todas as perguntas que circulam na minha mente inquieta, sigo acreditando que assim como diz a frase acima, ‘em um belo dia, viverei as respostas sem nem perceber’.
Obrigada por ler até aqui,
Um beijo,
La 💫
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Leia a última edição:
#94 | Feliz no simples
Tenho o hábito de reler o que escrevi alguns anos atrás, assim como releio os meus diários antigos. É quase como se eu conversasse comigo mesma, onde faço perguntas para minha eu do futuro que hoje pode responder.
que coisa mais bonita!♥️
obrigada pelas palavras, lais! chegam como um abraço pra mim, que também sou muito ansiosa.