Tenho o hábito de reler o que escrevi alguns anos atrás, assim como releio os meus diários antigos. É quase como se eu conversasse comigo mesma, onde faço perguntas para minha eu do futuro que hoje pode responder.
There's things I wanna say to you, but I'll just let you live
No ano passado, nessa mesma época do ano era tudo tão diferente. Fazia apenas 6 meses que eu morava em São Paulo, que eu vim de mala e cuia abraçar uma oportunidade de emprego.
E desde lá, muita coisa mudou.
Mudei de emprego, corte de cabelo, objetivos pessoais, recalculei a rota, analisei outras perspectivas, fiz novos amigos, entrei para um clube do livro, me tornei microinfluenciadora, fui pela primeira vez em uma Bienal do Livro (consegui autógrafos de duas autoras que eu admiro muito), corri 9 provas de corrida (e uma delas fiz 15km) e tenho +1000 inscritos na newsletter.
Ufa, só de escrever essa lista de coisas já fiquei emocionada.
E pra mim, é muito louco pensar na pessoa que me tornei durante os últimos meses. E o mais estranho, é que não consigo explicar em palavras, só sinto o quanto evoluí mentalmente e fisicamente.
E parafraseando aquela trend, “como vou ser feliz se esse ano eu…” - até para alguém que é naturalmente otimista e vê o lado bom das coisas, percebi o quanto é perigoso quando colocamos a régua dos outros em comparação com a nossa vida.
É muito fácil olhar para as redes sociais e pensar que a vida de tal pessoa é muito fácil por vários motivos. E a verdade, é que tá todo mundo tentando sobreviver da melhor forma que consegue.
Eu, por exemplo, citei várias coisas legais que aconteceram comigo em 2024, mas além delas, também tiveram coisas que me deixaram extremamente triste.
Eu me lesionei pela primeira vez na corrida, por não ter escutado os sinais do meu corpo. Foi leve, fiquei quase 1 mês sem correr direito, mas valeu o aprendizado.
Mesmo convivendo com isso por 28 anos, tive algumas crises de ansiedade que vieram com o sintoma ‘falta de ar’. E o pior, descobri isso em uma sessão de terapia, onde comentei que estava sentindo isso fazia um tempo, minha psicóloga imediatamente me alertou e tratamos juntas.
Assim que alcancei um dos meus principais objetivos do ano como criadora de conteúdo, fui abraçada pela síndrome da impostora, na qual “ela” fazia (e faz) eu duvidar da minha capacidade de criar conteúdo e me ver constantemente como uma farsante.
Não fiz algumas das viagens que eu gostaria de ter feito e isso me deixou frustrada (manifestando pra 2025!)
E sobre a parte chata de ser adulto, tive que fazer escolhas importantes e que influenciavam outras pessoas, como a troca de emprego de um lugar que eu amava, para conseguir chegar mais perto do meu sonho de viver como criadora de conteúdo. (aquela música do chorão, ‘cada escolha uma renúncia’)
E apesar de tudo isso e várias outras coisas, ainda consigo perceber o quanto 2024 foi um ano bom em contexto geral.
Mas isso não significa que tenha sido um ano bom pra você, a questão aqui é perceber que por mais que a gente viva coisas legais, sempre terão momentos em que parece que tudo dá errado e buscamos uma resposta do universo, como forma de validação para coisas que a nossa intuição insiste em nos alertar.
Acho também que no fundo, essa é graça da vida, perceber que por mais que tenham dias ruins, difíceis e tristes, também terão dias bons e com coisas para celebrar.
Acredito sim que cada vez que você romantiza um pouquinho a sua rotina, encontra novos hobbies e é feliz no simples, a vida encontra formas de mostrar que você está no caminho certo.
"A vida não acontece como um grande evento. Ela acontece no cotidiano, nas pequenas escolhas e nos momentos simples."
**Brianna Wiest em 101 Ensaios Que Vão Mudar Sua Forma de Pensar
E são justamente nesses momentos que conseguimos encontrar o respiro que buscamos. Eu não sei vocês, mas muitas vezes esqueço de respirar entre uma tarefa e outra.
Apesar de ser um hábito mecânico, às vezes sou engolida pelo dia e só me dou conta que nem respirei direito lá pelas 19h da noite.
Além de viver mais presente no momento, desejo também que em 2025 eu lembre de respirar de forma consciente.
E por falar em vida e cotidiano, incluo aqui uma das citações da edição #65 | A vida acontece no movimento:
E pra mim, a cereja do bolo: romantize sua vida sempre que achar que deve. Ver o lado bom das coisas é ver beleza na rotina do dia a dia. É olhar com outros olhos o que está ao seu redor, se colocar em primeiro lugar e ser a protagonista da sua série. É ler o seu livro no caminho pro trabalho, ir ao parque aos finais de semana, chamar uma amiga para tomar um café, sair para caminhar e perceber como dia está bonito. Os anos passam, a gente envelhece e percebe que não viveu a vida como gostaria. Aqui está o sinal para você começar hoje mesmo a ver vida com outros olhos e viver como achar que deve.
Obrigada por ler até aqui,
Um beijo,
La 💫
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