Meus pais não tinham muitas condições de dar tudo aquilo o que a gente pedia, mas faziam aquilo que podiam. Cresci numa casa com muitos irmãos, 6 no total, todos com idades bem parecidas, porém com personalidades bem diferentes.
No bairro onde morávamos quando crianças, éramos conhecidos por andarmos em bando e todos nos conheciam assim. Um defendia o outro, um estava sempre ali para o outro.
Quando saímos da ‘creche’ do nosso bairro, lá pelos 7 anos, para estudarmos no centro da cidade, íamos todos juntos no ônibus - exceto minha irmã caçula, que nessa época tinha apenas 3 anos.
Lembro dos meus pais sempre preparem os lanchinhos para levarmos para aula, com suco de fruta natural e uma bolacha recheada para dar o equilíbrio. Eram tempos mais simples e cheios de memórias felizes.
Não tinha dia ruim e nunca estávamos sozinhos, sempre tinha um irmão por perto para brincar e trocar ideia. Talvez essa seja minha parte favorita de ter irmãos, nunca me sentia só.
Os anos foram passando e nos separamos. 3 dos meus irmãos por parte de pai ficaram no Rio Grande do Sul e eu junto com meus outros dois irmãos, fomos para Santa Catarina. Nessa época eu tinha uns 9 anos.
E lá pela nossa adolescência, voltamos a morar juntos. Esse período por si só já é bem caótico para qualquer pessoa, mas imagina morar em uma casa com 5 adolescentes e uma pré adolescente? Insano!
Apesar das briguinhas por coisas fúteis, éramos felizes.
A sensação de todos estarem em casa novamente, agora um pouco mais velhos do que quando crianças, minha mãe cozinhando e o cheiro de comida espalhado pela casa inteira. Cada um de nós em nossos quartos e fazendo as suas próprias coisas. É um domingo comum, mas que dali alguns anos você daria tudo para reviver um desses dias comuns.
Talvez nessa época você sonhava assim como eu, em crescer e ter ser próprio canto. Mal sabia você, que esse dia enfim, chegaria. O conforto de reunir todo mundo na mesma casa e saber que se você quisesse falar com o seu irmão, bastava você ir até o outro quarto. Hoje você precisa viajar para outro país.
E quando você lembra desses momentos, percebe que vocês nunca mais irão morar juntos novamente. Agora cada um é mais velho, está trilhando seu próprio caminho e construindo sua própria família. E percebe que a sua casa de infância está por toda parte, porque os seus irmãos moram cada um num lugar diferente.
Irmão é pra sempre. Eles são literalmente as pessoas que viveram grande parte da sua vida com você. Conhecem os seus pais, assim como você. E independente do tempo que passe, algumas coisas nunca vão mudar.
Com os olhos marejados e quase sem palavras, me senti inspirada em escrever a news de hoje pelo simples fato de sentir muita saudade dessa época. É tão estranho pensar que ontem mesmo eu tinha 7 anos e andava por aí com os joelhos ralados por ler enquanto andava na rua, e daqui 6 meses estarei completando 28 anos.
Enquanto estamos fazendo planos para o futuro, o presente segue acontecendo no seu ritmo frenético e no passado ficam as lembranças nostálgicas dos tempos mais simples.
💌 E esse é um recado para o meu irmão que lê todas as edições: eu te amo e estou morrendo de saudades. Em breve a gente se vê! Enquanto isso, saiba que estarei sempre aqui sendo a sua torcida e te mostrando que sim, você vai realizar tudo aquilo que sonha.
Um beijo,
La 💫
Vamos de indicações?
📚 App: Skoob
Tô adorando compartilhar minhas leituras e resenhas no aplicativo Skoob. O lugar perfeito para descobrir novos livros e enfim dar o start no hábito da leitura. Meu perfil por lá é @laisbrpinheiro.
Leia a última edição:
#43 | O vazio da parte que falta
Você sente que falta alguma coisa? Sim. Com que frequência? O tempo todo.
Sem palavras… obrigado por tudo mana, principalmente por acreditar em mim!
Eu te amo mais que tudooooo! ❤️🔥✨