Essa sou eu agora, são 11h da manhã quando começo o primeiro rascunho dessa edição - que ainda estou na dúvida se está boa o suficiente para ser publicada.
Minha chefe (eu mesma) é tão exigente, que muitas vezes acaba dificultando meu processo criativo, que inclusive, ainda sigo em busca da forma que mais me agrada.
Mas deixo esse assunto para outro dia, vamos a edição de hoje.
“When your good isn't good enough”
Outro dia gravei um vídeo para o meu canal no YouTube, onde conto um pouco da minha trajetória até chegar em São Paulo e como foi todo o processo.
Nesse conteúdo, meu editor (vulgo meu noivo), achou que ficaria mais legal se incluíssemos fotos dos momentos que eu comento para ilustrar melhor os fatos.
A tarefa era simples, escolher algumas imagens da Laísinha versão criança, outras ao lado dos meus amigos, e por fim, de como era a vida que eu tinha em Santa Catarina.
Abri a galeria do meu celular, busquei pelos anos que eu precisava das fotos, uma ou outra me fez rir, recordei de alguns aniversários e percebi como estava mais nova ou com o cabelo diferente, lembrei de alguns amigos, que hoje não estão mais tão inseridos na minha vida - mas naqueles registros tínhamos uma certa intimidade.
Não é estranho quando nos deparamos com versões passadas e temos a sensação de que éramos muito mais felizes naquele recorte de tempo?
Ao olhar aquelas fotos, fiquei imersa em uma sensação agridoce e nostálgica, onde comecei a me questionar o que teria acontecido se eu tivesse ficado no mesmo lugar.
Mas acontece que a vida está em constante movimento entre ‘e se’ e ‘agora’.
E talvez o que eu realmente estava sentindo era saudade.
Lembrei do início dos meus 20 anos, de como tudo parecia tão simples e nada emergencial como é agora. As preocupações eram diferentes, um pouco mais ingênuas e sem a pressão do tempo.
Acho que num geral faz parte da jornada revisitar o passado e perceber coisas que antes você não havia notado. Entender que em algum espaço de tempo você ainda está lá, lidando com dramas do início da vida adulta, se preocupando com provas da faculdade, assim como trabalhos em grupo que na maioria das vezes você faz sozinho (sei como é).
Mas é como aquela frase, ‘não tem como viver o agora preso no passado’ e quanto mais a gente olha pra trás, mas corre o risco de cair.
No episódio ‘tem passo que é mais importante que o caminho’ do podcast ‘Para dar nome às coisas’, Natália Sousa falou algo que me atravessou e alugou um tríplex na minha cabeça: “não dá pra andar e ficar no mesmo lugar.”
Juntando isso, e mais esse trecho da série ‘O amor da minha vida’, tive a inspiração de escrever a edição de hoje como forma de lembrete para mim mesma e talvez, você também se identifique.
Porque no fundo a gente segue sempre buscando os passos mais importantes e decisivos, mas também esquece que depois do primeiro passo, seja ele qual for, algum movimento sempre acontece.
Essa sou eu agora
Encontrei minha versão mais nova para tomar um café, ela chega antes do horário marcado, assim como eu, a ansiedade ainda anda do nosso lado.
Ela tem o cabelo comprido e castanho, e eu estou com ele curto, com franja e também castanho.
Ela pede um capuccino com adicional de chantilly, e eu, um latte sem açúcar.
Começamos a conversar, e ela comenta que está no terceiro ano do ensino médio se preparando para fazer o Enem, conto que em um futuro não tão distante desse, cursamos comunicação, e pra ser mais exata, nos formamos em Publicidade e Propaganda. E conto como a faculdade foi um momento decisivo pra gente, no bom sentido.
Ela comenta que ainda mora com os pais, e que sempre discute com os nossos irmãos por pegarem suas coisas. Falo pra ela que hoje moro junto com o Léo (sim, aquele carinha que a gente conheceu lá em 2011) e que temos uma gatinha chamada Amélie, e por fim, digo que moramos em São Paulo.
~pausa dramática para nós duas emocionadas com essas informações~
Aproveito o embalo, e falo sobre diversos sonhos que realizamos ao longo da vida, dos shows que assistimos das bandas que ouvíamos desde sempre, da criação de uma newsletter em formato de diário virtual, dos hábitos saudáveis que abraçamos e que hoje, não odiamos mais o nosso corpo e nem a comida.
Enquanto ela está nervosa para começar na academia pela primeira vez, conto que amamos praticar atividade física e que isso nos ajuda a canalizar um pouco a ansiedade. E que, em junho de 2025 iremos correr uma meia maratona (!!!!!!).
Não temos muito tempo, mas conto que a nossa versão de agora, está com quase 30 anos e tem inspirado muita gente, seja por meio de palavras ou por vídeos. E que ainda vemos a vida com otimismo, apesar de tudo.
Espero que a gente se encontre novamente, ela se despede e sobe em cima da sua bicicleta, onde andava por tudo quando era mais nova. E eu, fico ali, observando e esperando o uber.
Acredito que faz parte da jornada revisitar o passado, mas ficar preso no que poderia ser sido só faz com que a gente perca tempo.
Sei que todas as minhas versões estariam felizes e orgulhosas pela pessoa que me tornei, e eu sigo aqui, lutando para manter isso.
Obrigada por ler até aqui,
Um beijo,
La 💫
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Entre abas
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Tem dias que…
Eu todo dia:
✨ 5 livros que você deveria ler esse ano ✨
semana passada os links foram errados, por isso, agora coloquei os certos e incluí mais dois nessa listinha:
Uma leitura leve, sobre uma neta e sua avó que decidem trocar de lugar.
Sensível e íntimo, um livro sobre perdas, passado e presente.
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Leia a última edição:
#96 | Recap do mês: edição janeiro
“viva no presente, a sua versão do futuro vai saber o que fazer”