#21 | Um roteiro repetido propositalmente
Antes de mais nada, oie, é um prazer ter você aqui!
"A emoção de voltar a visitar um lugar que me marcou, de voltar a fazer uma viagem já feita antes só para comer a mesma comida, sentir o mesmo cheiro e as mesmas alegrias. Um roteiro repetido propositalmente."
Esse trecho é um dos vários outros que me marcou no livro da vez, ‘Primeiro eu tive que morrer’, por Lorena Portella. Confesso que nos últimos tempos tenho lido cada vez mais escritoras brasileiras, talvez por me visualizar nas narrativas.
E assim foi com a Lorena. O título por si só é bem curioso e já te faz refletir o porque do nome. Eu já havia esbarrado com ele algumas vezes, mas ainda não tinha tido aquela faísca da curiosidade para ler.
****Apenas um p.s: sou aquele tipo de pessoa que salva indicações de livros por todos os lugares, em pastinhas no Tik Tok ao Instagram, e claro, a minha listinha da Amazon (que é por onde geralmente compro livros).
Eu alimento essas pastinhas diariamente conforme vou me interessando por novas leituras. E esse livro em especial, estava em uma das minhas pastas e também nas minhas próximas leituras.
Esbarrei com ele numa das minhas idas na livraria e diferente das outras vezes, dessa vez eu senti que precisava lê-lo. Ele não é muito grande, mas é extremamente rico em diálogos e frases.
Não sei você, mas a minha parte favorita de ler um livro, é justamente ficar pensando por dias sobre o quanto aquele determinado trecho me marcou e o mais importante, o porquê.
Depois de demorar mais que o esperado para terminar o livro - justamente porque não queria terminar -, já havia grifado inúmeras frases e trechos. Mas para a edição de hoje, trouxe um recorte que depois de grifado, ainda retornei nele algumas vezes para refletir.
Lembrei de todas vezes que preciso daquele quentinho no peito e recorro a músicas, livros, séries e filmes, para recordar aquela sensação genuína de alegria que senti da primeira vez que tive contato com uma dessas coisas que antes de se tornarem as minhas favoritas, já foram consideradas desconhecidas.
Hoje - mais do que antes - buscamos o novo a cada momento e quando não “serve” mais, tentamos nos abastecer disso de novo. Muitas vezes nos entusiasmamos com a ideia de algo que ainda nem existe, ao invés de cultivar coisas que já conhecemos e nos levam para esse lugar de aconchego.
O fato da gente não precisar se abastecer de coisas novas o tempo todo, impacta até na nossa ansiedade e na forma que buscamos algo para nos distrair.
Há quanto tempo você não revê aquele filme que instantemente te deixa feliz?
E aquele livro que você adorava quando era mais novo? Onde está?
E aquela sobremesa que a sua mãe fazia quando você era criança, lembra de como você gostava?
Confesso que sou uma pessoa nostálgica que muitas vezes precisa revisitar coisas do passado para sentir um sentimento bom. Por isso, me identifiquei tanto com o trecho do início da news.
É mais ou menos assim que me sinto ao escutar, ler ou assistir algo que amo muito:
Com os olhos fechados, suspiro ao ouvir pela milésima vez uma das minhas músicas preferidas que me levam para outra dimensão. O familiar acalma e me faz recordar boas memórias. Para os dias difíceis, sempre recorro o conforto de algo conhecido.
É isso, espero que tenha gostado da news de hoje.
Um beijo,
La 💫
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