#106 | Se você fosse uma casa, como seria?
"Daquelas casas confortáveis e aconchegantes que você não vê o tempo passar."
Comecei a ler no final de março o livro ‘se deus me chamar não vou’ da escritora brasileira Mariana Salomão Carrara, o qual finalizei na semana passada e tenho algumas coisas para falar sobre essa leitura, mas antes para te dar contexto, aqui a sinopse reduzida:
“Quem vai te contar essa história é uma criança de 11 anos. O olhar fresco e bem humorado de quem ainda vê a vida como mistério está aqui, mas vá por mim: não subestime a solidão de Maria Carmem. A aprendiz de escritora, enfrentando as angústias da “pior idade do universo”, irá te provar que é possível, sim, que uma menina seja mais solitária do que um velho.”
Desde a primeira vez que vi esse livro nas livrarias, sabia que precisava lê-lo. O nome por si só me deixou intrigada, mas a breve descrição acima teve a minha atenção.
É um livro curtinho, bem humorado e cheio de reflexões que me fizeram ficar pensativa ao ponto de demorar para terminar a história, houveram momentos em que eu queria poder entrar no livro, ser amiga da personagem, dar um abraço e dizer que pode não parecer, mas essa fase horrível dos 11 anos passa.
Lembrei muito de como eu era com essa idade, sempre curiosa, meio brava e responsável além da conta - reflexos de ser a irmã mais velha. E muito parecida com Maria Carmem, gostava de contar para o meu diário minhas histórias banais do dia a dia, escrever como estava me sentindo e como eu tinha que ser fisicamente para que o garoto x da escola percebesse que eu era o amor da vida dele.
Pois é, a grande maioria dos nossos traumas começam nessa época.
Mas voltando ao livro, tiveram muitos capítulos que me chamaram atenção e possivelmente eles irão aparecer em outras edições, mas para essa em especial quero dividir com vocês um específico.
Se você fosse uma casa, como você seria? […] Bem pequena, com portas cor-de-rosa, eu seria de madeira, uma madeira bem leve, e todo mundo passaria perto e diria: nossa que casinha mais frágil.
De vez em quando, passariam perto de mim pra ter certeza de que eu ainda estava ali, que o vento não tinha me derrubado, de tão pequena e frágil e cor-de-rosa. Eu teria um jardim e um balanço, e as outras casas muito grandes e brutas me invejariam.
E quando tivesse uma festa de aniversário em mim, as crianças todas segurariam balões de gás pelas janelas, e eu ficaria toda colorida, e se tivessem crianças demais, com dois balões cada uma, bem devagarzinho, eu sairia voando.
trecho do livro ‘se deus me chamar não vou’
Eu fui atravessada por esse trecho, achei tão lindo, poético e fiquei pensando no tipo de casa que eu seria a partir dessa ótica lúdica.
Inspirada pela autora, quis dividir com você como eu me vejo como casa.
Se eu fosse uma casa, a primeira coisa que as pessoas reparariam ao entrar nela seriam as janelas enormes, onde seria possível observar a luz do dia entrando em diferentes momentos.
Os cômodos seriam de cores claras, com quadros de flores, fotos espalhadas por todos os cantos, discos dos meus artistas favoritos e uma geladeira cheia de imãs de viagens - sou uma grande colecionadora de memórias.
Eu teria uma grande sala de leitura, com infinitos livros em estantes e lugares confortáveis para sentar e relaxar, enquanto você lê.
Além disso, nessa casa também teria uma grande sala de estar, acompanhada de uma cozinha ampla, para receber amigos e familiares - e o principal som seria risadas.
E por fim, eu teria um jardim, com árvores, flores, onde seria possível sentir a brisa no ar. Daquelas casas confortáveis e aconchegantes que você não vê o tempo passar.
E diferente de Maria Carmem, não me vejo como uma casa frágil, mas sim como uma casa acolhedora, que preza pelos detalhes e encontra beleza nas pequenas coisas.
Já as janelas enormes refletem como eu valorizo a luz do dia e a conexão com mundo externo, sendo uma pessoa observadora que repara nas nuances da vida acontecendo.
Os cômodos de cores claras, com quadros de flores e fotos espalhadas mostram um pouco da minha alma nostálgica e sensível com memórias, sendo uma pessoa que coleciona histórias e momentos.
A sala de leitura é um pouco autoexplicativa, mas mostra um pouco da minha personalidade mais introspectiva, que aprecia o silêncio tanto quanto a presença de outras pessoas.
Por outro lado, a sala de estar com a cozinha aberta, reflete meu lado mais sociável, que adora compartilhar, dar risada e criar vínculos.
E o jardim, simboliza minha conexão com o tempo e a natureza, sendo uma pessoa que ama verde e busca constantemente respirar mais profundamente.
Talvez me descreva como uma casa viva e cheia de janelas abertas, dessa forma que enxergo a minha relação com a vida também.
Por mais que tenham momentos não legais, tristes e horríveis, ainda sim, busco encontrar a luz no fim do túnel, preenchendo os espaços da rotina com tudo aquilo que me faz perceber como a vida é boa na maior parte dos dias.
Agora te convido a se descrever: se você fosse uma casa, como seria?
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Um beijo,
La 💫
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